sábado, 18 de julho de 2015

Lançamento do livro Historinhas Integrais em Prosa e Verso

Um livro que nasce da parceria de um educador-poeta e seus alunos. 
Em 2013 o escritor Edson Lopes ultrapassou as paredes da sala de aula e invadiu outros espaços da Escola Municipal Profª Maria Coeli Ribas: pátio, sombras de árvore, quintal, varandas. 
Durante as suas aulas de literatura com os alunos da Educação em Tempo Integral daquela escola, percebeu que as crianças precisavam de tempo para conversar, contar algumas histórias, inventar outras, reinventar a realidade. Foi aí que brincadeiras simples como tentar encontrar formas conhecidas nas nuvens e desenhar personagens se tornaram lúdicos exercícios de crianção literária.
As aulas do professor Edson estimularam as alunos. As histórias das crianças inspiraram o poeta Edson. Juntos, fizeram surgir histórias em prosa e verso, todas elas reunidas em um livro para os pequeninos e para adultos que aprenderam a viajar nos versos e nos universos fantásticos da literatura.
Para lançar o seu livro, na última quarta-feira, o nosso amigo Edson contou com o Clube Literário, com seus alunos e colegas de trabalho da E.M. Profª Coeli Ribas para criarmos um sarau emocionante e alegre.
O Grupo Baticundum (acima) e o Violinista Dennis Cheqman criam arranjo para as músicas do Edson Lopes, com percussão corporal, cup song e canto. 

"E eis que de repente em algum lugar da casa: rec rec rec, rec rec rec
Que barulhinho é esse que a gente ouve?
Se fosse da barriga seria um ronco
Se fosse do sono seria um ronco
Que barulhinho é esse que tira a fome?
Que barulhinho é esse que tira o sono?
Vem de um ratinho que da casa quer ser dono
E: rec rec rec, rói a roupa do rei de Roma
rec rec rec, vai roendo todo mundo
rec rec rec, rói os trapos do plebeu
rec rec rec, xô ratinho vagabundo"

(Música: Peleja de Gente e Rato, de Edson Lopes. Inspirada na crônica "O ratinho curioso", de Fernando Sabino)
Vandeilson declama o poema "Meu lápis"
Meu lápis

Eu tenho um lápis que é bem doidão
olha pro caderno e lhe dá um rabiscão
Um lápis que só me causa problemas,
não faz o dever, só pensa em poemas.

O chato do lápis me envergonha assim:
escreve bilhetes de amor às meninas
e assina meu nome no fim
Durante toda aula desenha na carteira
Eta, lápis doido, só sabe fazer besteira!

Meu lápis é pretinho, pretinho cor de graxa
Quando ele atenta, eu xingo:
- Vá pastar nas mãos da borracha!
Sabrina declama "Cantiga de Rosa"





"... Saiba, um jardim sem rosa 
é qual fogueira sem lume
Perderia muito o ar
sem seu singular perfume"










Douglas Tomaz recitando o texto 
Um morcego diferente

Um dia, nasceu um morcego diferente em tudo, começando pelas órbitas dos olhos, que não eram vazias. Durante o nascimento, a mãe percebeu que o bebê não era cego. Nem tinha radar, pois andava esbarrando em tudo. Nem pendurava em árvores, para ficar de cabeça para baixo. Nem se alimentava de frutas ou de insetos. Toda vez que via sangue, o morcego desmaiava. 
Coitadinho daquele morcego!
O pior foi quando a morcegada toda descobriu que ele não voava e, ao invés de asas, como algumas aves, tinha apenas pés de pato. Foi a maior gozação. O que era aquilo?
O morcego não era um bicho-preguiça, não era um cão, não era um gato, não era muito menos o Batman ou o Conde Drácula. O morcego não gostava da noite e tinha medo de crepúsculo.
O morcego, meu Deus, era um rascunho do rato que roeu a roupa do rei dos rotos.
Geraldo Santana recita o poema Borboleta
"Borboleta bole na folha, aboleta-se,
o que rola endossa o olor
Bela borboleta, ela, talo, folha, pétala,
raiz de lagarta, esboço de flor a voar
Quem te elabora, bela borboleta (?)
bola letra de poesia para brincar."
Alunos do Edson e a Profª Ana Paula - performance
Rafael Oliveira - Leitura do texto "E Palhaço construiu sua casa de palha..."
O escritor Edson Lopes
Participação do músico e professor Lucas Pinheiro
Diretora da E.M. Coeli Ribas
Membros do Clube e equipe da E. M. Coeli Ribas
Grupo Baticundum

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