terça-feira, 13 de maio de 2014

Lamento Negro
(Maria Luzia Cardoso)

Foi declarado a toda nação
Acabou-se a escravidão
Mas até hoje eu não sei
Parte da sociedade
Não aceita essa igualdade
E não respeita essa lei.

O negro vive inseguro
Sem amanhã, sem futuro
Sofre desespero e desamor
Sem motivo perseguido
Como se fosse um bandido
Por causa da sua cor.

Em plena era do centavo
O negro continua escravo 
Em busca de libertação
Apenas mudou o cenário
Ele hoje é operário
E o sinhô se chama patrão.

É preconceito do nascimento à morte
O negro tenta mudar a sua sorte
Para viver e ser feliz
Com suor, trabalho e grandeza
Contribuiu com certeza
Para o progresso deste país.


(Poema de uma poetisa barranqueira. 

Nesta data os versos da Maria Luizia Cardoso traduzem o sentido de relembrarmos a abolição da escravidão. 
13 de Maio)

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