segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Poema à Vida

Ouço, da cidade, os rumores
Vejo seguir a civilização,
Que se espalha, rápida,
em confusão.

É a vida que segue avante,
apesar dos clamores, das lutas, das dores...
Há sofredores, ao sol, queimando,
                      ao sol, lutando,
                      ao sol, partindo,
                      ao sol, chorando...

Vitórias, vencidos, os vazios
e os vadios de sentimentos...
é a dor, o desencanto.
Um só rude golpe: um instante, o pranto...
Na solidão da estrada, o tudo e o nada.

Fibra e valores vencem as dores
                     ao sol, queimando
                     ao sol, caindo,
                     ao sol, chorando...

Estórias, gemidos, os tardios
e os vencidos pelo sofrimento.
O amor e nenhum pranto...
Com a fibra, a glória: num instante, a vitória...
Nessa caminhada, nosso mundo é a estrada.

Mas há lutadores que vencem as dores
                    ao sol, queimando,
                    ao sol, sorrindo,
                    ao sol, cantando...


Luiz Café (In memoriam)

Nenhum comentário:

Postar um comentário