Ouço, da cidade, os rumores
Vejo seguir a civilização,
Que se espalha, rápida,
em confusão.
É a vida que segue avante,
apesar dos clamores, das lutas, das dores...
Há sofredores, ao sol, queimando,
ao sol, lutando,
ao sol, partindo,
ao sol, chorando...
Vitórias, vencidos, os vazios
Vejo seguir a civilização,
Que se espalha, rápida,
em confusão.
É a vida que segue avante,
apesar dos clamores, das lutas, das dores...
Há sofredores, ao sol, queimando,
ao sol, lutando,
ao sol, partindo,
ao sol, chorando...
Vitórias, vencidos, os vazios
e os vadios de sentimentos...
é a dor, o desencanto.
Um só rude golpe: um instante, o pranto...
Na solidão da estrada, o tudo e o nada.
Fibra e valores vencem as dores
ao sol, queimando
ao sol, caindo,
ao sol, chorando...
Estórias, gemidos, os tardios
e os vencidos pelo sofrimento.
O amor e nenhum pranto...
Com a fibra, a glória: num instante, a vitória...
Nessa caminhada, nosso mundo é a estrada.
Mas há lutadores que vencem as dores
ao sol, queimando,
ao sol, sorrindo,
ao sol, cantando...
Luiz Café (In memoriam)
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