O amor hoje tem pouso certo.
Antes tivera, mas nada de substancial.
Algo assemelhado a gás, fugidio e impalpável.
Em outros tempos ele dava a impressão de força.
Desmantelava minhas impressões quando não tornava a vida real.
O amor não era amor, era ãnsia, um toque no vento com cheiro e emoção.
Hoje o amor cresce.
Agora causa medo de tão robusto.
Ferve minhas minúcias com tamanho ardor.
Me inebria a voz de tanta agonia de falar que amo.
Agora deve ser real, novidade tocante, cheia de cotidiano.
Eu amo? Tremo pelo terror do engano, da insensatez, mas já me lancei.
Não tenho mais domínio, fui, e esqueci de ver o que foi, hoje parece ser amor.
Hoje parece ser bom.
Poema de Rômulo Sérgio Ribeiro Pereira, enviado ao Clube Literário em 18 de Julho de 2014.
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