Lamento Negro
Foi declarado a toda nação
Acabou-se a escravidão
Mas até hoje eu não sei
Parte da sociedade
Não aceita essa igualdade
E não respeita essa lei.
O negro vive inseguro
Sem amanhã, sem futuro
Sofre desespero e desamor
Sem motivo perseguido
Como se fosse um bandido
Por causa da sua cor.
Em plena era do centavo
O negro continua escravo
Em busca de libertação
Apenas mudou o cenário
Ele hoje é operário
E o sinhô se chama patrão.
É preconceito do nascimento à morte
O negro tenta mudar a sua sorte
Para viver e ser feliz
Com suor, trabalho e grandeza
Contribuiu com certeza
Para o progresso deste país.
(Poema de uma poetisa barranqueira.
Nesta data os versos da Maria Luizia Cardoso traduzem o sentido de relembrarmos a abolição da escravidão.
13 de Maio)
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